sexta-feira, 20 de julho de 2012

Mães Negras estreia dia 24 de julho no Cine Teatro Goiânia Ouro



Por Janaína Soldera e Carolina Santos

O espetáculo Mães Negras faz estreia para o público goianiense no próximo dia 24 de julho, às 20 horas no Cine Teatro Goiânia Ouro, marcando às comemorações do dia da Mulher Negra. O espetáculo é fruto do projeto Mães Negras – Teatro das Oprimidas, selecionado no 2º Prêmio de Expressões Culturais Afro-brasileiras, realizado pela Fundação Palmares em parceria com o Centro de Apoio e Desenvolvimento Osvaldo Santos – CADON, com patrocínio da Petrobrás.

A iniciativa é da Associação Desportiva e Cultural de Capoeira Mestre Bimba, que desenvolve há 12 anos atividades que estimulam, incentivam e promovem a cultura afro-brasileira em Goiás.





A Contrução do Espetáculo
O público-alvo do projeto Mães Negras – Teatro das Oprimidas são as mulheres da Associação Mestre Bimba que se reuniram para participar do processo de construção do espetáculo. Desde oficinas de percussão sustentável – ministradas por Ricardo Roqueto, capoeira angola – pelo Mestre Guaraná e o Grupo de Capoeira Kalunga e dança dos orixás – com Mestre Luisinho e Afoxé Asé Omo Odé a jogos teatrais e oficina de construção do espetáculo dentro da estética do Teatro do Oprimido – técnica desevolvida pelo diretor e dramaturgo Augusto Boal, foram acrescentados à preparação do elenco, eminentemente feminino, das quais praticamente todas experimentavam pea primeira vez uma vivência teatral. O processo foi coordenado por Carolina Santos, que assina a direção geral e divide a dramaturgia do espetáculo com Tiago Aguiar. A poética desenhada em Mães Negras traz elementos da cultura afro-brasileira, mas sobretudo quer propor a plateia, reflexões sociais sobre o papel da mulher nessa sociedade.





O Espetáculo
Mães Negras conta a trajetória de Mariana desde sua infância até sua, talvez, maior expressão enquanto mulher: a maternidade. A protagonista é inumeras vezes posta contra a parede, no que se refere as amarras de uma sociedade machista, com mecanismos fortes e precisos de manutenção do discurso como: “Isso não é coisa de menina!” ou “Lugar de mulher é na cozinha!” e por vezes diante do opressor ouve “Se você sair por esta porta, você não tem mais família!”. Frases fortes e que surtem efeito. O que fazer para mudar sua própria história?

O teatro das oprimidas é uma celebração do encontro. A técnica é atualmente celebrada por mulheres do mundo inteiro: mulheres da Índia, de Moçambique, da Guiné-Bissau, mulheres do Brasil, da Argentina, da Alemanha, da Áustria. Todas unidas em uma pesquisa estética do corpo feminino e seu lugar no mundo. Afinal qual é o lugar da mulher no terceiro milênio? Quais são as armadilhas que seguem aprisionando-as em cotidianos opressivos?

No caso de Mães Negras – Teatro das Oprimidas, celebra-se o encontro entre costureiras, cozinheiras, jardineiras, donas de casa, babás. Celebra-se o encontro com a cor negra, com a ancestralidade africana, com a capoeira, com o afoxé, com os sonhos de uma vida melhor, de uma infância mais tranquila, de um trabalho mais digno e valorizado, e porque não, com o sonho de um casamento em que os parceiros se respeitem mutuamente e nada mais se resolva a partir de agressões?
No espetáculo “Mães Negras”, o corpo de Mariana é o espelho das muitas mulheres que se encontram ameaçadas e às quais a única opção é fugir. Elas fogem com um filho pendurado nos braços e um horizonte de incertezas diante de si. Mariana convida o público, através do Teatro-Fórum (outra premissa de Boal) a discutir sua história, a sentir suas dores, a celebrar suas ancestrais e, sobretudo, a propor outras soluções para seus problemas, soluções que ela ainda não pôde experimentar, mas que você, que está na plateia pode mostrar como seria.
Como diria Augusto Boal: “Somos todos espect-atores!”
Serviço: Espetáculo Mães Negras
Quando: 24 de julho - terça, às 20h
Onde: Cine Teatro Goiânia Ouro
Entrada Franca
Mais Informações: Janaína Soldera – (62) 9414-8384 ou maesnegras@gmail.com

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Espetáculo em homenagem ao Dia da Mulher Negra marca a estreia do Projeto Mães Negras




Participe e Divulgue!

Projeto Mães Negras realiza primeiro ensaio aberto



 

A noite da última sexta-feira 13 de julho foi marcada de sorte e de muitas coisas boas para as mulheres da Associação Desportiva e Cultural de Capoeira Mestre Bimba, que fizeram um ensaio aberto à comunidade do Setor Pedro Ludovico.

Para um grupo restrito de amigos e moradores do setor, o espetáculo Mães Negras - Teatro das Oprimidas trouxe à cena a história de uma mulher marcada pelo discurso machista e que em sua trajetória tenta se desenvencilhar tanto do discurso como das atitudes que ainda reforçam o machismo e a opressão nas entranhas da sociedade.



O espetáculo é sem dúvida, um convite à reflexão acerca da temática e, sobretudo, um convite a sairmos da nossa zona de conforto e transformar a realidade que ora fomos inseridos pela atmosfera do teatro, mas que no fundo no fundo sabemos que àquelas situações são muito mais cotidianas do que imaginamos.

O fator sorte é atribuído por uma simples brincadeira diante a simbologia da data (sexta-feira 13), que para muitos é sinônimo de azar. No entanto aliamos ao elemento sorte, cinco semanas de trabalho intenso, com encontros diários e contato com diversas linguagens de expressão da cultura afro-brasileira, elementos fundamentais na construção da poética do espetáculo.


A estreia oficial do Projeto Mães Negras -Teatro das Oprimidas, será dia 24 de julho de 2012, em homenagem ao dia da Mulher Negra, às 20 horas no Cine Goiânia Ouro. Entrada Franca.

O espetáculo
A Associação Desportiva e Cultural de Capoeira Mestre Bimba recebeu o Prêmio Nacional Expressões Culturais Afro-brasileiras, na categoria Teatro em 2012, pelo “Projeto Mães Negras: Teatro das Oprimidas.”

Este prêmio é uma realização do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves -CADON, Fundação Palmares e Ministério da Cultura com o patrocínio da Petrobrás. O Projeto conta ainda com o apoio do Instituto Federal de Goiás, da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM) e a Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres e Igualdade Racial (SEMIRA).




O teatro das oprimidas é uma celebração do encontro.  

A técnica é atualmente celebrada por mulheres do mundo inteiro: mulheres da Índia, de Moçambique, da Guiné-Bissau, mulheres do Brasil, da Argentina, da Alemanha, da Áustria. Todas unidas em uma pesquisa estética do corpo feminino e seu lugar no mundo. Afinal qual é o lugar da mulher no terceiro milênio? Quais são as armadilhas que seguem aprisionando-as em cotidianos opressivos?

Em nosso caso, celebramos o encontro entre costureiras, cozinheiras, jardineiras, donas de casa e babás. Celebramos o encontro com a cor negra, com a ancestralidade africana, com a capoeira, com o afoxé, com nossos sonhos de uma vida melhor, de uma infância mais tranquila, de um trabalho mais digno e valorizado, e porque não com o sonho de um casamento em que os parceiros se respeitem mutuamente e nada mais se resolva a partir de agressões?

No Teatro-Fórum “Mães Negras”, o corpo de Mariana é o espelho das muitas mulheres que se encontram ameaçadas e às quais a única opção é fugir. Elas fogem com um filho pendurado nos braços e um horizonte de incertezas diante de si. Mariana convida o público a discutir sua história, a sentir suas dores, a celebrar suas ancestrais e, sobretudo, a propor outras soluções para seus problemas, soluções que ela ainda não pôde experimentar, mas que você, que está na plateia pode nos mostrar como seria.

Somos todos espect.-atores!

O Prêmio Nacional Expressões Culturais Afro-brasileiras é uma realização do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves -CADON, Fundação Palmares e Ministério da Cultura com o patrocínio da Petrobrás. O Projeto conta ainda com o apoio do Instituto Federal de Goiás, da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM) e a Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres e Igualdade Racial (SEMIRA).

Ficha técnica
Coordenação Geral: Carolina Santos
Direção e Dramaturgia: Carolina Santos e Tiago Aguiar
Produção: Mutamba Criativa- Taiana Martins e Marcela Pultrini
Coreografia: Mestre Luizinho e Afoxé Asè Omo Odé
Cenógrafo: Wagner
Percussão Sustentável: Ricardo Roqueto
Oficinas de Capoeira Angola: Mestre Guaraná e Grupo Calunga de Capoeira Angola
Iluminação: Alan Silvestre
Registro Fotográfico: Juliana Cordeiro
Arte: Cleverson Luciano
Assessoria de Imprensa: Janaína Soldera
Atrizes: Carmen Lucia, Dayane Lopes, Eva de Jesus, Janaína Soldera, Joyce Lopes, Luciana Pereira, Maria do Socorro Alves, Maria do Socorro Bispo, Rafaela Amorim, Rosemeire Severo.

Programação de Apresentações
24 de Julho (Em Homenagem ao Dia da Mulher Negra)
20h – Cine Goiânia Ouro
Endereço: Rua 03, esquina com Rua 09, nº 1.016, Galeria Ouro, Centro.
Entrada Franca

08 de Agosto
19h Escola Municipal Antônio Fidelis

15 de Agosto
19h Escola Municipal Bernardo Élis

22 de Agosto
19h Escola Municipal Itamar Martins

30 de Agosto
18h CRAS Novo Mundo

1º de Setembro
16h30 Auditório da PUC – Área I

21 de Setembro
20h Teatro do IFG

Serviço: 
Projeto Mães Negras
Mais informações:

Fotos: Juliana Cordeiro
Contato: Carolina Machado (62) 9231-1268 /(62) 8121-1057