A noite da
última sexta-feira 13 de julho foi marcada de sorte e de muitas coisas boas
para as mulheres da Associação Desportiva e Cultural de Capoeira Mestre Bimba,
que fizeram um ensaio aberto à comunidade do Setor Pedro Ludovico.
Para um
grupo restrito de amigos e moradores do setor, o espetáculo Mães Negras -
Teatro das Oprimidas trouxe à cena a história de uma mulher marcada pelo
discurso machista e que em sua trajetória tenta se desenvencilhar tanto do
discurso como das atitudes que ainda reforçam o machismo e a opressão nas
entranhas da sociedade.
O
espetáculo é sem dúvida, um convite à reflexão acerca da temática e, sobretudo,
um convite a sairmos da nossa zona de conforto e transformar a realidade que
ora fomos inseridos pela atmosfera do teatro, mas que no fundo no fundo sabemos
que àquelas situações são muito mais cotidianas do que imaginamos.
O fator
sorte é atribuído por uma simples brincadeira diante a simbologia da data
(sexta-feira 13), que para muitos é sinônimo de azar. No entanto aliamos ao
elemento sorte, cinco semanas de trabalho intenso, com encontros diários e
contato com diversas linguagens de expressão da cultura afro-brasileira,
elementos fundamentais na construção da poética do espetáculo.
A estreia
oficial do Projeto Mães Negras -Teatro das Oprimidas, será dia 24 de julho de
2012, em homenagem ao dia da Mulher Negra, às 20 horas no Cine Goiânia Ouro.
Entrada Franca.
O espetáculo
O espetáculo
A
Associação Desportiva e Cultural de Capoeira Mestre Bimba recebeu o Prêmio
Nacional Expressões Culturais Afro-brasileiras, na categoria Teatro em
2012, pelo “Projeto Mães Negras: Teatro das Oprimidas.”
Este
prêmio é uma realização do Centro de
Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos Neves -CADON, Fundação
Palmares e Ministério da Cultura com o patrocínio da Petrobrás. O Projeto
conta ainda com o apoio do Instituto Federal de Goiás, da Secretaria Municipal
de Políticas para as Mulheres (SMPM) e a Secretaria de Estado de Políticas para
Mulheres e Igualdade Racial (SEMIRA).
O teatro das oprimidas é uma celebração do encontro.
A técnica
é atualmente celebrada por mulheres do mundo inteiro: mulheres da Índia, de
Moçambique, da Guiné-Bissau, mulheres do Brasil, da Argentina, da Alemanha, da
Áustria. Todas unidas em uma pesquisa estética do corpo feminino e seu lugar no
mundo. Afinal qual é o lugar da mulher no terceiro milênio? Quais são as
armadilhas que seguem aprisionando-as em cotidianos opressivos?
Em nosso
caso, celebramos o encontro entre costureiras, cozinheiras, jardineiras, donas
de casa e babás. Celebramos o encontro com a cor negra, com a ancestralidade
africana, com a capoeira, com o afoxé, com nossos sonhos de uma vida melhor, de
uma infância mais tranquila, de um trabalho mais digno e valorizado, e porque
não com o sonho de um casamento em que os parceiros se respeitem mutuamente e
nada mais se resolva a partir de agressões?
No
Teatro-Fórum “Mães Negras”, o corpo de Mariana é o espelho das muitas mulheres
que se encontram ameaçadas e às quais a única opção é fugir. Elas fogem com um
filho pendurado nos braços e um horizonte de incertezas diante de si. Mariana
convida o público a discutir sua história, a sentir suas dores, a celebrar suas
ancestrais e, sobretudo, a propor outras soluções para seus problemas, soluções
que ela ainda não pôde experimentar, mas que você, que está na plateia pode nos
mostrar como seria.
Somos
todos espect.-atores!
O Prêmio
Nacional Expressões Culturais Afro-brasileiras é uma realização do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Osvaldo dos Santos
Neves -CADON, Fundação Palmares e Ministério da Cultura com o patrocínio
da Petrobrás. O Projeto conta ainda com o apoio do Instituto Federal de Goiás,
da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM) e a Secretaria de
Estado de Políticas para Mulheres e Igualdade Racial (SEMIRA).
Ficha
técnica
Coordenação
Geral: Carolina Santos
Direção e
Dramaturgia: Carolina Santos e Tiago Aguiar
Produção:
Mutamba Criativa- Taiana Martins e Marcela Pultrini
Coreografia:
Mestre Luizinho e Afoxé Asè Omo Odé
Cenógrafo:
Wagner
Percussão
Sustentável: Ricardo Roqueto
Oficinas
de Capoeira Angola: Mestre Guaraná e Grupo Calunga de Capoeira Angola
Iluminação:
Alan Silvestre
Registro
Fotográfico: Juliana Cordeiro
Arte:
Cleverson Luciano
Assessoria
de Imprensa: Janaína Soldera
Atrizes:
Carmen Lucia, Dayane Lopes, Eva de Jesus, Janaína Soldera, Joyce Lopes, Luciana
Pereira, Maria do Socorro Alves, Maria do Socorro Bispo, Rafaela Amorim,
Rosemeire Severo.
Programação
de Apresentações
24 de
Julho (Em Homenagem ao Dia da Mulher Negra)
20h – Cine
Goiânia Ouro
Endereço:
Rua 03, esquina com Rua 09, nº 1.016, Galeria Ouro, Centro.
Entrada
Franca
08 de
Agosto
19h Escola
Municipal Antônio Fidelis
15 de
Agosto
19h Escola
Municipal Bernardo Élis
22 de
Agosto
19h Escola
Municipal Itamar Martins
30 de
Agosto
18h CRAS
Novo Mundo
1º de
Setembro
16h30
Auditório da PUC – Área I
21 de
Setembro
20h Teatro
do IFG
Serviço:
Projeto
Mães Negras
Mais
informações:
Fotos: Juliana Cordeiro
Contato: Carolina
Machado (62) 9231-1268 /(62) 8121-1057
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