terça-feira, 29 de novembro de 2011

Coletivo de estudantes negras/negros Beatriz Nascimento (CANBENAS) realiza a 5ª Mostra Cinema Negro



     Entre os dias 02 e 09 de dezembro de 2011, será realizada a 5ª  Mostra Cinema Negro que, este ano tem como tema “cor, nome, lugar”. Uma realização do Coletivo de Estudantes Negras e Negros Beatriz Nascimento (CANBENAS) e Laboratório de Estudos de Gênero, Étnico-Raciais e Espacialidades (LaGENTE) do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais (IESA/UFG). Com o apoio da Universidade Federal de Goiás, a Mostra se realizará nas dependências da instituição, sendo que, para a abertura teremos a exibição do filme “Pode me chamar de Nadí”, contando com a presença de Déo Cardoso, diretor do filme. 





   Assista ao trailler do curta "Pode me chamar de Nadí", de Déo Cardoso.

Show "Rainhas de Matamba" é destaque da 5ª Negra, no Teatro Martim Cererê






quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Programação "Os Tambores de Zumbi no coração do Brasil"



Programação 

21 a 22 de novembro de 2011
Dialogando com a Negritude: mostra de filmes, debates e apresentações culturais – Ministério Público


25 a 26 de novembro

Intercâmbio Cultural Ilé Aiyé / Comunidade Kalunga

25/11: Visita do Ilé Ayé  ao Engenho 2

26/11: Apresentação do Ilé Aiyé  na praça da Bíblia – 20 h


01 de dezembro

A África que não vemos nas escolas e na sociedade

Faculdade de Educação da UFG – Campus Colemar Natal e Silva (St. Universitário - 8 às 12h)


02 de dezembro

9h: Entrega da Comenda Zumbi dos Palmares (Palácio das Esmeraldas)

18h: O Samba Pede Passagem - Cortejo do Dia Nacional do Samba

Local: Concentração na Praça Cívica (às 16h) até o Grande Hotel (Rua 3, com Av. Goiás, Setor Central) – Grupos de samba, Capoeira e Congadas de Goiânia

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Projeto Iê, Viva Zumbi!! homenageia Mestre Pastinha







 Foto: Grupo Calunga de Capoeira Angola

A segunda edição do projeto Iê, Viva Zumbi!  tem continuidade neste domingo (13/11), no período matutino, com a roda de “Capoeira Angola em Homenagem à Memória de Mestre Pastinha”, no município de Professor Jamil (GO). Realizada todos os anos em reverência à data de falecimento (13/11/1981) de um dos maiores representantes da Capoeira Angola, Mestre Pastinha, a atividade é promovida pelo Grupo Calunga, em parceria com o Grupo de Mulheres Negras Dandara do Cerrado.  

Mestre Pastinha é reverenciado por todos os capoeiristas, sejam eles ligados à Capoeira Angola ou à Capoeira Regional. Mesmo após 30 anos de sua morte, é lembrado no Brasil e no mundo todo, em locais onde os seus discípulos mantêm vivos seus ensinamentos e tradição. “Devemos comemorar a resistência desses mestres negros que lutaram e lutam para mudar uma história de segregação e violência, e conseguiram deixar um legado ímpar para a nossa cultura”, destaca Mestre Guaraná, idealizador do evento e coordenador do Grupo Calunga. 

 MESTRE PASTINHA



"Mandinga de escravo em ânsia de liberdade, seu princípio não tem método e seu fim é inconcebível ao mais sábio capoeirista." (PASTINHA)


Vicente Joaquim Ferreira Pastinha nasceu em Salvador, em 5 de abril de 1889 e lá faleceu em 13 de novembro de 1981. Mais conhecido por Mestre Pastinha, foi um dos principais mestres de Capoeira da história. Dizia não ter aprendido a Capoeira em escola, mas "com a sorte". 

Em depoimento prestado no ano de 1967, no Museu da Imagem e do Som, Mestre Pastinha relatou a história da sua vida. Conta ele que, franzino, outro menino mais forte tornou-se “seu rival”. Era só sair para a rua que acontecia brigas. Um dia, da janela de sua casa, um velho africano chamando Benedito assistiu a uma briga e decidiu ensinar o menino a se defender. A vida iria dar ao moleque Pastinha a oportunidade de um aprendizado que marcaria todos os anos da sua longa existência. Começou então a formação do mestre que dedicaria sua vida à transferência do legado da Cultura Africana a muitas gerações. Segundo ele, a partir deste momento, o aprendizado se dava a cada dia, até que aprendeu tudo. Além das técnicas, muito mais lhe foi ensinado por Benedito, o africano seu professor. Foi na atividade do ensino da Capoeira que Pastinha se distinguiu. 

Ao longo dos anos, a competência maior foi demonstrada no seu talento como pensador sobre o jogo da Capoeira e na capacidade de comunicar-se. Os conceitos do mestre Pastinha formaram seguidores em todo Brasil. A originalidade do método de ensino e a prática do jogo da capoeira hoje chamada “Angola” é reconhecida enquanto expressão artística, que privilegia o trabalho físico e mental para que o talento se expanda em criatividade. Foi o maior propagador da Capoeira Angola, modalidade mais "tradicional" no Brasil. 

Em 1941, fundou a primeira escola de capoeira legalizada pelo governo baiano, o Centro Esportivo de Capoeira Angola (CECA), no Largo do Pelourinho, na Bahia. Hoje, o local que era a sede de sua academia é um restaurante do Senai. Entre seus alunos estão Mestres como João Grande, João Pequeno, Curió, Bola Sete (Presidente da Associação Brasileira de Capoeira Angola), entre muitos outros que ainda estão em plena atividade. Sua escola ganhou notoriedade com o tempo, frequentada por personalidades como Jorge Amado, Mário Cravo e Carybé, cantada por Caetano Veloso no disco Transa (1972). Apesar da fama, o "velho Mestre" terminou seus dias esquecido. 

Expulso do Pelourinho em 1973 pela prefeitura, sofreu dois derrames seguidos, que o deixaram cego e indefeso. Vicente Ferreira Pastinha morreu no ano de 1981, aos 93 anos. Durante décadas dedicou-se ao ensino da Capoeira. Mesmo completamente cego, não deixava seus discípulos. E continua vivo nos capoeiras, nas rodas, nas cantigas, no jogo. "Tudo o que eu penso da Capoeira, um dia escrevi naquele quadro que está na porta da Academia. Em cima, só estas três palavras: Angola, capoeira, mãe. E embaixo, o pensamento: "Mandinga de escravo em ânsia de liberdade, seu princípio não tem método e seu fim é inconcebível ao mais sábio capoeirista."

SERVIÇO:
IÊ, VIVA ZUMBI!
RODA DE CAPOEIRA ANGOLA EM HOMENAGEM A MESTRE PASTINHA
Data: 13/11/11
Período: Matutino
Local: Professor Jamil (município)
Realização: Grupo Calunga de Capoeira Angola
Informações: 9137-8025 (Murilo Barros)
Assessoria de Imprensa: OlhO Comunicação – Janaina Gomes (62) 8419-2739

 

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Grupo Calunga de Capoeira Angola realiza a segunda edição do projeto IÊ, VIVA ZUMBI!


O Grupo Calunga de Capoeira Angola, ciente do seu papel como instrumento de luta pela resistência das manifestações negras, promove a partir do dia 7 de novembro, a segunda edição do projeto Iê, Viva Zumbi!. Atividades como Rodas de Capoeira Angola, Rodas de Prosa, Oficinas de Capoeira Angola e Samba de Roda, mostra de vídeo prosseguem até o dia 3 de dezembro com objetivo dar continuidade ao compromisso de reafirmar e promover a história deste herói negro e de Mestre Pastinha, no ano em que se relembra seus 30 anos de ausência.

Conforme explica Mestre Guaraná, coordenador do Grupo Calunga e do evento, o mês de novembro é o momento de chamar atenção da sociedade para a relevância da cultura negra na formação da identidade do povo brasileiro. "20 de novembro foi escolhido para ser o Dia Nacional da Consciência Negra por ser o aniversário da morte de Zumbí dos Palmares. Esta data representa a luta dos africanos escravizados e seus descendentes nascidos no Brasil. Devemos comemorar a resistência dessas pessoas negras que lutaram e lutam para mudar uma história de segregação e violência”, destaca.

HOMENAGEM A ZUMBI DOS PALMARES, MESTRE PASTINHA E ABDIAS NASCIMENTO
A segunda edição o Iê, Viva Zumbí!  relembra líderes negros como Zumbí, Pastinha, Abdias Nascimento  “que devem ser lembrados, conhecidos e reconhecidos por sua coragem e seu valor”, reforça Mestre Guaraná.  A programação tem início na segunda-feira (7/11), às 19h30, com a oficina “Corpopular - um jeito brasileiro de se dançar”, com a Prof. Dra. Renata Lima, que apresenta uma vivência corporal por meio da dança e musicalidade do universo popular brasileiro, principalmente no tocante às influências africanas. “É um trabalho que envolve o corpo em seu aspecto sensível, expressivo e social”, revela a professora.

Na quinta-feira (10/11), a agenda traz uma “Vivência de Capoeira Angola”, na Escola Municipal Vitor Hugo Ludwig”. No domingo (13/11), no período matutino, acontece uma roda de “Capoeira Angola em Homenagem à Memória de Mestre Pastinha”, no município de Professor Jamil, uma parceria com o Grupo de Mulheres Negras Dandara do Cerrado.  Esta roda é realizada todos os anos em memória à data de falecimento (13/11/1981) do maior representante da Capoeira Angola, Mestre Pastinha. Em 2011 completam 30 anos de seu falecimento.

Na quarta-feira (16/11) será apresentado o vídeo ”Versos e cacetes: O jogo de pau na cultura afro-fluminense”, de Matthias Rohrig Assunção e Hebe Mattos, no Centro de Referência da Igualdade Racial, a mostra será aberta como uma apresentação e capoeira do Grupo Calunga, e logo após, acontece uma roda de prosa com professor e doutorando em História Allyson Fernandes Garcia sobre a temática proposta.

O Iê, Viva Zumbi será retomado na sexta-feira (18/11), às 19h30, com uma “Roda de Capoeira Angola Abdias Nascimento”, em homenagem a um dos maiores defensores da cultura e da igualdade para as populações. A atividade conta a presença de mestres goianos convidados e alunos do Grupo Calunga e demais convidados.

No sábado (19/11), o Mestre Chuluca (Grupo Meninos de Angola – Cidade de Goiás) ministra uma “Oficina de Capoeira Angola”, entre 10h e 12h da manhã. No período da tarde, entre 14h e 16h, é a vez da “Oficina de Samba de Rosa”, com o Mestre Goyano (Grupo Barravento – Goiânia). Os interessados devem levar seu próprio atabaque, em caso de possuir. A partir das 16 horas, a “Roda Iê, Viva Zumbi!” reúne os participantes das oficinas para  “vadiar”a capoeira angola. O dia será encerrado com a celebração e festa do evento, às 18h30, em um momento de confraternização entre todos os participantes. Todas as atividades de sexta e sábado acontecem na Liga de Moradores do Setor Universitário.

No dia 3/12 (sábado), a Praça Cívica será palco da última atividade do Iê, Viva Zumbi!. O Grupo Calunga promove uma roda de capoeira Angola, dentro da programação do evento Tambores de Zumbi no Coração do Brasil, uma atividade do poder público em lembrança ao mês da Consciência Negra e ao ano do afrodescendente no Brasil.

SERVIÇO:

IÊ, VIVA ZUMBI!
Período: 7 de novembro a 3 de dezembro de 2011
Local: vários conforme programação.
Realização: Grupo Calunga de Capoeira Angola
Blog: http://grupocalunga.blogspot.com/ E-mail: calungagrande@gmail.com
Informações: 9137-8025 (Murilo Barros)

Assessoria de Imprensa: OlhO Comunicação – Janaina Gomes (62) 8419-2739 

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Matamba - Coletivo de Mulheres Negras Artistas se apresenta hoje no Chorinho

O Matamba - Coletivo de Mulheres Negras Artistas, com Clécia Sant'Ana, Janaína Soldera e Henusa Mendonça abre caminho para Mês da Consciência Negra em Goiânia, promovido pela Prefeitura de Goiânia, logo mais às 19 horas, no CHORINHO (Em frente ao Grande Hotel, Av. Goiás com a Rua 3, Centro).



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

3ª Caminhada é tema da exposição “Um passo Uma descoberta”

 A 3ª Caminhada em Homenagem aos Mestres da Tradição Afro-brasileira foi tema da exposição fotográfica “Um passo Uma descoberta”, realizada de 12 a 15 de outubro, durante a Feira de Informação e Comunicação, da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás.

“Um passo Uma descoberta”
                                                                                          Ana Rita Vidica, Ana Luiza Loures, Isadora Picolo,
                                                                                    Jullyane Alves Noleto, Karine do Prado, Letícia Deleu,
                             Luiza Francisca de Morais, Maria Cláudia Reis e Sindy Guimarães.
 
       É uma exposição que retrata, por textos e fotografias as descobertas feitas por Ana Luiza Loures, Isadora Picolo, Karine do Prado e Letícia Deleu ao participar  da 3ª Caminhada em Homenagem aos Mestres da Tradição Afro-brasileira, realizada em Goiânia, no dia 17 de setembro de 2011. Depois do registro, a apresentação das imagens na disciplina “Laboratório de Fotografia”, ministrada pela Profa. Ms. Ana Rita Vidica, dando continuidade à descoberta, agora pelos olhos da referida professora e das outras alunas, Julyane Noleto, Luiza Morais, Maria Cláudia Reis e Sindy Guimarães. Em conjunto, a partir das vivências do fazer e do ver, surge a seleção de imagens, textos dos diários e organização da exposição. Assim, ao adentrar o espaço desta exposição o espectador adentra também o espaço do desconhecido, dividido em quatro sessões: Chegamos (cinco fotografias do primeiro local visto pelas fotógrafas, um portão azul); Começamos a andar (dez fotografias, colocadas em caixas, que mostram os lugares e objetos vistos com olhos curiosos); Olhamos com os pés (quarenta e seis fotografias contendo homens, mulheres e crianças à espera e na preparação do grande momento) ; Caminhamos Juntos (quinze fotografias que registram o momento da caminhada e o olhar curioso de pessoas no entorno dela). Assim, das cortinas de tecidos azuis , a sensação de, também, dar um passo rumo à descoberta, mediada pelas lentes e escritas das fotógrafas e selecionadas pelas curadoras.

Algumas imagens da exposição

Imagem 1 – Fotografia da sessão “Chegamos” Autoria: Karine do Prado



Imagem 2 – Fotografia da sessão “Começamos a andar” Autoria: Letícia Deleu



  Imagem 3 – Fotografia da exposição na sessão “Olhamos com os pés” Autoria: Ana Luiza Loures



Imagem 4 – Fotografia da sessão “Caminhamos juntos” Autoria: Isadora Picolo





Clique aqui e leia o texto na íntegra.

domingo, 18 de setembro de 2011

A beleza e a força da tradição afro-brasileira em Goiânia

    Com o desejo de manter vivas as tradições de matriz africana, e principalmente, de dar continuidade à história de luta de nossos mestres e antepassados, é que a 3ª Caminhada em Homenagem aos Mestres da Tradição Afro-brasileira levou para as ruas do Setor Pedro Ludovico as cores, os ritmos,a exuberância, a riqueza e principalmente, a capacidade de resistência de nossa ancestralidade negra.

           










segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Reverência à ancestralidade e ao poder feminino


Terceira edição da Caminhada em Homenagem aos Mestres da Tradição Afro-brasileira destaca a força das mulheres negras

Ceiça Ferreira


Nas culturas e religiosidades de matriz africana, os anciãos e as anciãs ensinam o tempo todo, em situações do cotidiano transmitem aos mais novos seus saberes e valores, e assim esse aprendizado vai sendo assimilado, principalmente porque alguns detalhes só se aprende fazendo, e juntos. E por meio da tradição oral, esses mestres e mestras nos ensinam, nos ajudam a construir o que somos, a entender de onde viemos, a relembrar nossos antepassados, homens e mulheres que abriram caminho para o nosso presente e por isso, são as raízes nas quais buscamos a força para dar continuidade a nossa luta diária, para escrever a nossa própria história.  
Por sua sabedoria, sua experiência de vida, e as memórias que carregam e partilham, é que são considerados guardiões e guardiãs do saber, dessa herança que trazem dentro si. E com o objetivo de reconhecer e valorizar a atuação desses mestres é que a Associação Desportiva e Cultural de Capoeira Mestre Bimba realiza a terceira edição da Caminhada em Homenagem aos Mestres da Tradição Afro-brasileira, e assim resgata a história de Pai João de Abuque (mais antigo babalorixá e primeiro ancestral do candomblé goiano); Mestre Bimba (o criador da capoeira regional) e Mestre Pastinha (um dos ícones da capoeira angola); reverencia este ano Manoel Pio de Sales - Mestre Sabu (pioneiro da capoeira angola no Estado), e destaca a força de mulheres negras, como Maria Dalva Mendonça (matriarca do Movimento Negro em Goiás e fundadora da Comunidade Visual Ilê) e Maria José Alves (em memória – uma das matriarcas das congadas de Goiás). “Homenagear nossos ancestrais, e este ano em especial as mulheres, significa reverenciar a própria cultura afro-brasileira em Goiás. Precisamos falar desses mestres e mestras, pois sem eles não estaríamos aqui hoje. E sem dúvida, a atuação de Dona Dalva e Dona Maria José revela a coragem e a resistência das mulheres negras”, enfatiza Luis Lopes Machado (Mestre Luizinho), filho de Mestre Bimba e organizador da caminhada.
Assim, no dia 17 de setembro, às 15 horas, o Afoxé Asé Omo Odé, as casas de Candomblé e Umbanda de Goiás, grupos de Capoeira e Congada se reúnem no Ilé Ibá Ibomim (Casa de Pai João de Abuque, na rua 1059, quadra 134, lote 04) e saem em cortejo pelas principais ruas do Setor Pedro Ludovico (rua 1064 e Avenida Circular) relembrando e celebrando com música e dança a história desses mestres e mestras.
Esse cortejo retorna à rua 1059, e em frente à Casa de Pai João de Abuque será realizado o encerramento do evento, com uma programação com várias apresentações culturais, da banda Visual Ilê, do grupo de rap "A Trilha" e o especial “Divas Negras”, com as cantoras Clécia Santana, Henusa Mendonça e Janaína Soldera, além de capoeira e samba de roda.
Mestres e Mestras da tradição afro-brasileira
Maria Dalva Mendonça
Nascida em Pires do Rio. Ela fala com orgulho de suas origens africanas (Angolana) e indígenas (Tapuia). Matriarca do Movimento Negro em Goiás, foi cantora de rádio em programa de calouros na Antiga TV Clube de Goiânia, estudou enfermagem em uma turma na qual era a única mulher negra, e de maneira serena relata alguns momentos de sua vida, sua atuação política e cultural em vários campos.
Fundadora da Comunidade Visual Ilê e da Escola de Samba Flora do Vale, Dona Dalva, como é conhecida, expressa sua capacidade de resistência, estratégia com a qual lutou e ainda hoje enfrenta o racismo e a discriminação; e principalmente, repassa aos mais jovens a importância de serem sujeitos de sua história. É figura importante do movimento negro e de mulheres, do samba, das congadas e das religiões de matriz africana no Estado.

Maria José Alves (em memória)
Natural de Catalão/GO. Mulher forte, engajada, sensível e determinada, sempre disposta a ajudar a todos, principalmente as mulheres, com as quais dividiu uma história de luta contra o machismo e qualquer forma de opressão.
Dona Maria José, um das matriarcas das congadas de Goiás, teve uma atuação significativa em vários movimentos sociais (de mulheres, negros, idosos e trabalhadores). Foi também uma das fundadoras da Pastoral do Negro e assumiu diversas funções de liderança na Vila João Vaz, onde estava especialmente à frente da Festa do Rosário e da Congada.

Manoel Pio de Sales - Mestre Sabu
Nasceu na Cidade de Goiás, viveu por 20 anos em Salvador e em Goiânia tem uma história de amor e dedicação à Capoeira. Mestre Sabu foi pioneiro da Capoeira Angola no Estado, e demonstra preocupação com a falta de reconhecimento da sociedade e do poder público aos mestres da cultura popular.
Aos 72 anos, sempre imponente em seu terno branco, Mestre Sabu é sem dúvida a figura de um valente, daquele que usa da mandinga para superar com dignidade os desafios que surgem em seu caminho.

Pai João de Abuque
Natural de Juazeiro (BA), João Martins Alves, chegou em Goiás nos anos de 1960. Não conseguia conter a emoção ao relatar as dificuldades que enfrentou e também ao falar daqueles que o ajudaram. Talvez por isso, mesmo depois de se tornar uma referência no candomblé goiano, Pai João de Abuque continuasse a ser um homem muito simples, gostava de estar com seus filhos e amigos, e estava sempre disposto a acolher quem precisasse de ajuda.
Em sua casa de candomblé foram iniciados muitos filhos-de-santo, tantos que Pai João nem lembrava mais quantos. E são esses filhos e filhas que hoje dão continuidade à herança deixada por esse mestre, mantém o Ilè Iba Ibomim e também o Afoxé Asè Omo Odé, bloco criado na década de 1990 por ele e outras lideranças da cultura afro, que levou a tradição afro-brasileira para os carnavais de 1990 a 1993. E guiado por Oxóssi persiste em levar às ruas e palcos as bênçãos dessa religiosidade e a história de seus antepassados, em especial Pai João de Abuque, que em setembro de 2006, tornou-se o primeiro ancestral do candomblé goiano.

Mestre Bimba
Foi um homem à frente do seu tempo. Imaginava e acreditava na expansão da capoeira. E se hoje outros mestres estão pelo mundo afora ensinando essa filosofia de vida, eles devem muito a luta de Manoel dos Reis Machado, mais conhecido como Mestre Bimba, que nos anos de 1930 defendeu o reconhecimento da capoeira regional e das tradições de matriz africana.
Em 1973, buscando melhores condições de trabalho, Mestre Bimba deixou Salvador e veio com a família morar em Goiânia, onde faleceu em fevereiro de 1974. Mas permanece vivo na memória e na continuidade que seus discípulos e filhos, entre eles Luis Lopes Machado (Mestre Luizinho), dão ao seu exemplo de vida e luta.
Mestre Pastinha
Considerado o guardião da capoeira tradicional, Vicente Joaquim Ferreira Pastinha, ou apenas Mestre Pastinha, considerava a capoeira não apenas uma luta, mas uma forma específica de ser e estar no mundo. Por isso, destacou seu aspecto esportivo e lúdico, definiu as regras, os cantos, a utilização dos instrumentos e a hierarquia dentro do jogo.
Mestre Pastinha defendeu a capoeira, em um período histórico em que era constante a perseguição da polícia. Falecido em novembro de 1981, seus ensinamentos continuam nas rodas de capoeira e na atuação dos novos mestres que mantém essa importante expressão cultural afro-brasileira.
Memória e Resistência
Dessa forma, essa terceira caminhada representa o desejo e o empenho em manter vivas as nossas tradições e valores de matriz africana, e principalmente, o exemplo de resistência de nossos mestres e antepassados. E exatamente com esse objetivo é que em 1999, Luis Lopes Machado (Mestre Luizinho, filho caçula de Mestre Bimba) criou a Associação Desportiva e Cultural de Capoeira Mestre Bimba, e desde então desenvolve atividades e projetos que promovam e divulguem a cultura e religiosidade afro-brasileira em Goiás.
Para realização desta terceira caminhada, a Associação tem como parceiros: Pontão de Cultura República do Cerrado, Belcar Caminhões, Secretaria de Estado de Políticas Públicas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial (Semira), Assessoria Especial de Políticas Públicas para a Igualdade Racial da Prefeitura de Goiânia (Asppir), Canela di Ema Produções, Olho Comunicação Estratégica, Grupo Calunga de Capoeira Angola, Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (AGEPEL), Grupo de Capoeira Angola Barravento, DJ Claudinho, Sindicato dos Docentes da UFG (Adufg) e Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFG.
Apesar de todas as dificuldades, é por meio de iniciativas como essas que temos trabalhado pelo reconhecimento da tradição afro-brasileira em Goiás, destacando suas expressões artísticas, culturais, religiosas e educativas, e principalmente buscando condições para dar continuidade à história de homens e mulheres que (embora muitas vezes desconsiderados), deram uma contribuição significativa à construção da cultura e sociedade goiana.
E em memória e reverência a esses mestres e mestras de ontem e de hoje, que pelo som dos atabaques, pelas expressões corporais, pelos ritmos, pelos signos e valores de nossa religiosidade, pelas cores e estampas de nossa indumentária que levaremos pelas ruas de Goiânia a beleza e a força de nossa ancestralidade negra.

3ª Caminhada em homenagem aos mestres da tradição afro-brasileira
17 de setembro, às 15 horas
Saída do Ilè Ibá Ibomim (Casa de Pai João de Abuque): Rua 1059, qd.134, lt.04, St. Pedro Ludovico

Contatos: Ceiça Ferreira (8191-2122 / 8589-5154) e Mestre Luizinho (8250-0629 / 8562-2077)

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Romaria do Vão do Moleque em louvor à Nossa Senhora do Livramento




      A festa, a devoção, os ritos, cantos, valores, costumes e tradições que constituem a rica identidade dessa comunidade kalunga, localizada no muncípio de Cavalcante/GO. Conheça, participe! 



         


sábado, 3 de setembro de 2011

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Festa e devoção na Comunidade Kalunga do Vão de Almas





Ceiça Ferreira


Alguns estudiosos da cultura no Brasil, como Carlos Rodrigues Brandão* destacam que a melhor maneira de se compreender a cultura popular é estudar a religião.

E ao conhecer pelo olhar do fotógrafo Dalton Paula, a Romaria de Nossa Senhora da Abadia e a festa do Divino da Comunidade Kalunga do Vão de Almas, arrisco-me a concordar com a afirmação desse autor, pois nessas imagens, não vejo apenas a cerimônia religiosa em si, mas toda a força e a complexidade das expressões culturais populares, que continuamente se reelaboram, ressignificam suas tradições, agregando novos elementos, e talvez por essa capacidade de renovação se mantenham tão vivas, tão pulsantes.

Esse festejo, organizado por quem vive no Vão de Almas tenha ainda outra especificidade: me indica uma postura de resistência simbólica de uma comunidade que reinterpreta o sagrado, dá-lhe novos contornos, novos significados, pois, ao mesmo tempo em que reconhecem a legitimidade da Igreja Católica, é também capaz de expressar suas crenças, sua devoção aos santos católicos de acordo com a realidade em que vivem, em suas relações com a terra, a família e a vizinhança.

E é exatamente por essa luta cotidiana pela sobrevivência de cada um e pela continuidade desses valores e tradições que fazem desse universo simbólico da cultura e religiosidade popular algo tão rico, em seus saberes e princípios, pelos quais esses homens e mulheres conduzem suas vidas; em valores que orientam essa vivência coletiva e mantêm os laços de solidariedade; e  também complexo em sua capacidade de aliar as cerimônias religiosas com o forró e a dança da sussa, unindo assim sagrado e profano numa única forma de devoção; em sua capacidade de reverenciar o Catolicismo e também prestar homenagens ao rei e à rainha do império Kalunga; e principalmente, em sua habilidade de materializar a fé em ritmos e danças, símbolos, cores e cantos, pelos quais toda essa comunidade revive e preserva sua memória.
Esses são alguns dos motivos que justificam meu desejo em conhecer essa importante festa da Comunidade Kalunga do Vão de Almas, pois apesar da fotografia ser capaz de mostrar, de ser um registro, me falta ainda ouvir os cantos, ver as expressões corporais, presenciar esse momento em que as pessoas se unem pela fé, se reúnem pela alegria de comemorar juntos.

*BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Deuses do Povo: um estudo sobre a religião popular. São Paulo: Brasiliense, 1980. 306 p.

domingo, 8 de maio de 2011

Encontro de Congadas na Igreja Matriz de Campinas

Logo mais, às 10 horas da manhã, a Igreja Matriz de Campinas recebe vários grupos de Congada de Goânia e também outras cidades, que expressam em música e dança sua devoção à Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia.

Após a participação na tradicional missa de domingo, a visita a uma casa próxima à igreja faz parte do roteiro de atividades de todos os grupos de congada presentes, é a casa de Maria Francisca de Paula, mais conhecida como “Pretinha”, filha do primeiro rei da Congada, seu Osório.

Falecido em 1990 com 102 anos, seu Osório é uma figura sempre lembrada com respeito e admiração entre os participantes, que dão continuidade a essa festa que se renova a cada dia, une não apenas a fé, mas também hábitos, costumes, alegrias e esperanças nesse encontro entre religiosidade e festividade. 

Veja algumas fotos da festa das Congadas, realizada em 2010:

Fotos: Mário Souza e Dalton Paula









 











sexta-feira, 6 de maio de 2011

Congada 13 de maio: quarenta anos de história, tradição e fé


 

Ceiça Ferreira

Mais uma vez os tambores das congadas se unem para louvar Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia, revelando a força dessa tradição que já existe há mais de sessenta anos em Goiânia, resiste as transformações do tempo e é passada as novas gerações com beleza, ritmo e alegria.

E assim, fundada há quarenta anos por Onofre Costa dos Santos é que a Congada Irmandade 13 de maio festeja a fé e a devoção aos santos católicos, e expressa a capacidade de resistência da cultura afro brasileira em mais uma festa que reúne filhos e amigos no Jardim Liberdade, onde desde o dia 28 de abril estão sendo realizadas novenas, e neste sábado (07 de maio), a partir das 18 horas terá um dos seus momentos mais importantes, a procissão e o levantamento do mastro e bandeira dessa irmandade.

No domingo, na Igreja Matriz de Campinas, a congada 13 de maio se reúne com outros grupos de Goiânia e também de outras cidades, e sob o ritmo da caixa de congo fazem, renovam essa tradição cultural e religiosa, que toma as ruas da capital nesse grande espetáculo de música, cores e dança, por meio da qual congadeiros e congadeiras superam as dificuldades e exprimem com orgulho seus valores e sua fé.



Ao entoar seus cantos alegres, mostrar sua colorida e rica indumentária, os reis, rainhas, princesas, capitães, caixeiros e caixeiras, todas essas pessoas que fazem a congada celebram nesse rito sua história, e mantém viva a cultura afro brasileira, pois foi pelo ritmo e por essa maneira peculiar de lidar com o sagrado,  na qual a festa tem um lugar central é que a história de nossos ancestrais atravessou o atlântico. E mesmo tornados escravos, esses povos guerreiros foram capazes  de reconstruir sua cultura e religiosidade, na qual os tambores criam os laços entre presente e passado, entres deuses e mortais, entre  vivos e antepassados,  e assim cultivaram essa memória coletiva de origem africana, aqui reinventada de corpo, alma, beleza e mistérios, por todos esses homens e mulheres negras.  

Tudo isso só é possível, graças ao trabalho dos anciãos, que passam aos mais novos seus princípios e sua sabedoria de vida. Por tal razão, é que a Congada 13 de Maio reverencia novamente os negros griôs congadeiros. A palavra "griô”, que deriva do francês “griot” refere-se aos contadores de histórias da África Ocidental, homens que usando a força da palavra mantinham a memória e a História de seu povo. Aqui no Brasil, também nossos mestres da cultura afro brasileira são griôs, pois pela oralidade preservam e ao mesmo tempo transmitem por meio da experiência, os valores dessa cosmovisão de matriz africana, visto que nessas comunidades tradicionais o aprendizado pressupõe a vivência, o convívio com esses mais velhos, dos quais se ouve, e com os quais se aprende fazendo, por tal razão é que pensador malinês Amadou Hampatê Bâ afirma que a tradição oral é a grande escola da vida, pois fundada na iniciação e na experiência, ela conduz o homem à totalidade. Por isso, na tradição africana a fala é considerada um dom de Deus.



E é através dessa reconstituição constante do rito, dessa festa realizada a cada ano que essa memória se reafirma, pois não se trata de meramente recordar o passado, mas de trazê-lo para o presente, vivenciá-lo e fazê-lo vivo e pulsante, como destaca um dos cantos da congada que diz:
 
“13 de maio é um dia muito bonito”
“A congada se reúne para festejá São Benedito“
“Vem a rainha com a bandeira na mão, rezá para Santa Isabel que deu a libertação”;

“13 de maio é um dia muito bonito”
“A congada se reúne para festejá São Benedito“
“Á meia noite a festa vai terminando, eles beijam a bandeira, pra voltar no outro ano...”
   


Dessa forma, os mestres congadeiros e outros mestres griôs são depositários do saber, do patrimônio cultural material e imaterial que é a tradição afro brasileira, tão repleta de sons, cores, movimentos, valores e ritos, com a qual  nossos antepassados  recriaram laços simbólicos de parentesco com as origens africanas; e mesmo em um ambiente adverso foram capazes de reconstituir sua humanidade, sua alegria de viver. E é esse mesmo patrimônio que hoje resiste às condições de desigualdade que ainda predominam sobre a população negra no Brasil, mesmo 123 anos após a abolição da escravatura, e se mostra forte, digno de orgulho de um povo que cotidianamente tem que a enfrentar a dor, o racismo e a invisibilidade, e só consegue isso porque demonstra uma capacidade extraordinária de criar, de ressignificar, de se manter vivo.


Histórico
A história da Congada Irmandade 13 de maio começa quando seu Onofre Costa dos Santos tinha 10 anos e saiu da casa de sua mãe, na cidade de Nova Aurora (GO) em busca de melhores condições de vida. Passados alguns anos sem contato com a família, sua mãe faz uma promessa para Nossa Senhora do Rosário pedindo a volta do filho.

Seu Onofre sentiu saudades e voltou para Nova Aurora, e ao encontrar a mãe, muito feliz com seu retorno, ela avisa que ele teria que dançar Congado, como pagamento da promessa feita à Nossa Senhora. Assim, em devoção à santa, seu Onofre começou tocando cavaquinho, passou a tocador de caixa de congo e anos depois tornou-se Capitão de um terno, nome dado a grupo de congada.

Juntamente com sua esposa Dona Maria de Lourdes Sousa Santos e os filhos ainda pequenos, fundou em 08 de maio de 1971, a Congada Irmandade 13 de maio. No mesmo dia, nasceu mais uma filha do casal, Valéria Eurípedes Sousa dos Santos, atualmente a presidente da congada, essa grande família que une filhos, netos e vários parentes e amigos pela continuidade dessa tradição religiosa e importante manifestação cultural afro brasileira.


Festa da Congada Irmandade 13 de maio
 Local: Rua VMA-03 qd. 53 lt.14 - Jardim Liberdade, Goiânia- Goiás
Contato: Valéria da Congada (Presidente da Irmandade)
(62) 9988-7858/ (62) 3593-0732  

Programação  
29/04 a 07/05 - Realização das Novenas
07/05 - Procissão de Levantamento do Mastro e Bandeira e última novena

08/05 - Apresentação das Congadas na Igreja Matriz de Campinas




Fotos: Mário Souza e Dalton Paula
Referência bibliográfica:
BÂ, Amadou Hampaté. “A tradição viva”. In: História Geral da África I. Metodologia e Pré-história da África. Trad.: Beatriz Turquetti et alii. São Paulo: Ática, 1982, p.181-218.


terça-feira, 5 de abril de 2011

IV Curso Introdução aos Estudos Africanos e Afrobrasileiros





Estão abertas até 16 de abril as inscrições para o IV Curso Introdução aos Estudos Africanos e Afrobrasileiros, no Museu Antropológico (Av. Universitária nº 1166 - Setor Universitário, em Goiânia), mediante agendamento pelos telefones:
(62) 3255-7583 - Cristiane Rocha (à tarde)
(62) 9124-8512 – Prof
a Marilena da Silva (Associação Pérola Negra)
(62) 8172-2097 - Fernando Moreira (Ethnic Consult)
Resultado de uma parceria entre a Ong Associação Pérola Negra, a Universidade Federal de Goiás (UFG), o Programa Afrobrasileiro de Estudos e Pesquisas (PROAFRO) da  PUC Goiás, o Museu Antropológico da UFG e o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (SINPRO-GO), o curso  “Introdução aos Estudos Africanos e Afrobrasileiros” tem como objetivo fornecer uma visão panorâmica sobre os estudos africanos e afro-brasileiros, considerando o contexto da implementação da Lei Federal 10.639/2003.
No próximo sábado, 09 de abril, às 8 horas, será realizada no Terraço da Área II da PUC Goiás, no Setor Universitário, a conferência de abertura do curso, com o tema "População Negra e Educação no Brasil", com a Profa Ms. Janira Sodré Miranda, coordenadora do PROAFRO/PUC Goiás e docente do Instituto Federal de Educação Tecnológica.
Mais informações:
Associação Pérola Negra
(62) 3255-7583 (período vespertino)
Profa Marilena da Silva (Coordenadora Geral da Associação Pérola Negra)
(62) 9124-8512

sexta-feira, 25 de março de 2011

Homenagem à força e resistência das mulheres




No último domingo, dia 20 de março, o Jardim Botânico de Goiânia foi palco de uma grande homenagem à força as mulheres, com a apresentação "Deusas Negras", do Afoxé Asè Omo Odé e uma roda de capoeira com mulheres, do Grupo Calunga de Capoeira Angola, que encerraram a  programação especial da Secretaria de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial – Semira para o mês da mulher.

Em uma reverência à força e a capacidade de resistência das mulheres, em especial as mulheres negras, que durante toda a História enfrentaram a escravidão, o machismo e o preconceito, é que a apresentação "Deusas Negras"destacou em vários elementos da cultura afro-brasileira, como ritmos, cantos, ritos e cores, a exuberância e principalmente, a postura altiva de três importantes iabás (divindades femininas do candomblé): Oxum, Iansã e Iemanjá.

Também uma roda de capoeira com mulheres, do Grupo Calunga de Capoeira Angola ressaltou o quanto a presença das mulheres na capoeira é histórica, marcante, polêmica e, ainda que invisível confirma a força das mulheres negras, que na sociedade e também na capoeira enfrentam preconceitos. E em respeito a todas essas guerreiras que lutaram e lutam para construir uma capoeira cada vez mais igualitária, é que o Grupo Calunga reuniu mulheres-angoleiras para tocarem, cantarem e jogarem na roda do mundo da capoeira.